quarta-feira, 19 de outubro de 2016

PARA LER O ANTIGO TESTAMENTO

Mestre e colegas do Instituto de Teologia São João XXIII, tomo a liberdade de fazer algumas sugestões de leitura para enriquecer ainda mais nosso curso. O primeiro livro que sugiro é “O Tempo que se Chama Hoje: Uma Introdução ao Antigo Testamento”, de W. Gruen, da Editora Paulus. Trata-se, na verdade, de uma leitura orante, reflexiva, muito legal para ser estudo em grupo; Introdução à Leitura do Pentateuco: Chaves para a Interpretação dos Cinco Primeiros Livros da Bíblias, de Jean Louis Ska, Editora Loyola; de Thomas Rômer, “A Chamada História Deuteronomista: Introdução Sociológica, Histórica e Literária (Editora Vozes); também de Jean-Louis Ska, O Canteiro do Pentateuco: Problemas de Composição e de Interpretação Aspectos Literários e Teológicos (Paulinas); de J. Briend, Uma Leitura do Pentateuco, da Paulus; e finalmente o clássico Antigo Testamento: História, Escritura e Teologia, de Thomas Römer, Jean-Daniel Macchi e Christophe Nihan (organizadores), da Editoro Loyola. Creio obras essenciais para o conhecimento das Sagradas Escrituras...

A Bíblia que sugiro para estudos é a de Jerusalém.

#FicaADica

Prof. Paulo César dos Santos

terça-feira, 5 de julho de 2016

Oração pelas vocações de João XXIII



Oh, sim, manda ó Jesus, operários para a tua messe que atenda em todo o mundo os teus apóstolos e sacerdotes santos, os missionários heróis, as irmãs benignas e incansáveis. Acenda nos corações dos jovens e das jovens a centelha da vocação, faz com que as famílias cristãs possam distinguir-se em doar à tua Igreja os construtores e construtoras do amanhã”.
(recitada por Madre Chiara)

Fonte: Manual de oração das Servas de Santa Teresa do Menino Jesus

Pela fidelidade dos chamados



Ó Senhor, olhe os sacerdotes, os religiosos, as religiosas, as pessoas consagradas, os missionários que anunciam o teu Evangelho: aumente neles o amor filial pela Igreja, nossa Mãe; transmita a eles os teus sentimentos de decisão, de empenho, de lealdade, para com a Igreja no serviço aos irmãos, que eles apreciem sempre mais a libertação dos penosos trabalhos terrenos para gozar a liberdade interior e viver ao serviço dos outros. Amém.
Fonte: Manual de oração das Servas de Santa Teresa do Menino Jesus

Oração pelas vocações de João Paulo II


“Deus nosso Pai, a Ti confiamos os jovens e as jovens do mundo com seus problemas, aspirações e esperanças. Guarda-os com teu olhar de amor e faça-os transformadores da paz e construtores de uma sociedade de amor. Chame-os a seguir Jesus, teu Filho. Que eles compreendam que vale a pena doar inteiramente a vida por Ti e pela humanidade. Concede-lhes generosidade e prontidão na resposta. Acolhe, Senhor, o nosso louvor e a nossa oração também pelos jovens que a exemplo de Maria, Mãe da Igreja, acreditaram na tua Palavra e se preparam para o sacramento da ordem, à profissão dos conselhos evangélicos, ao empenho missionário. Ajude-os a compreenderem que o chamado que Tu deste a eles é sempre atual e urgente. Amém.”
Fonte: Manual de oração das Servas de Santa Teresa do Menino Jesus

Oração vocacional (CNBB - 1983)



“Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM. Amém.
Fonte: Manual de oração das Servas de Santa Teresa do Menino Jesus

Ano da Misericórdia


A abertura do ano da misericórdia aconteceu no dia 8 de dezembro, festividade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco abriu a Porta Santa na Basílica de São Pedro de Roma, ao mesmo tempo em que serão abertas as portas santas de todas as dioceses do mundo, para que todos possam viver o Jubileu. O Ano Santo da Misericórdia.

O que é um Ano Santo ou Jubileu Extraordinário?
Na tradição católica, o Jubileu é o ano que a Igreja proclama para que as pessoas se convertam em seu interior e se reconciliem com Deus, por meio da penitência, da oração, da caridade, dos sacramentos e da peregrinação, “porque a vida é uma peregrinação e o homem é um peregrino” (MV 14). Em todos os anos santos é possível ganhar indulgências, graças especiais que a Igreja concede e que podem ser aplicadas à remissão dos próprios pecados e suas penas, ou também aos defuntos que estão no purgatório. O lema deste Ano Santo é “Misericordiosos como o Pai”, e a principal intercessora do Jubileu é Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe de misericórdia. A cada 25 anos, a Igreja celebra um Ano Santo Ordinário. O próximo será em 2025. Fora dos anos santos ordinários, a celebração do Ano Santo é “extraordinária”.

 Por que este Ano Santo é o da misericórdia?
O Papa quis que o tema fosse a misericórdia para nos unir mais ao rosto de Cristo, no qual se reflete a misericórdia do Pai, que é “rico em misericórdia” (MV 1). A misericórdia é superior à justiça. Deus é justo, mas vai muito além da justiça, com sua misericórdia e seu perdão. E é isso que podemos vivenciar neste Ano Santo.

Quando começa e quando termina este Ano Santo?

O Ano Santo começa no dia 8 de dezembro de 2015, com a celebração dos 50 anos do final do Concílio Vaticano II, e termina na festa de Cristo Rei, em 20 de novembro de 2016, o último dia do ano litúrgico.

O que o Papa pede que façamos?
O Papa Francisco insiste na iniciativa “24 horas para o Senhor, que desejo que seja celebrada em toda a Igreja”, entre a sexta-feira e o sábado antes do 4º domingo da Quaresma, porque “é expressão desta necessidade da oração”. Além disso, ele aconselha que pratiquemos as obras de misericórdia, além de viver intensamente a oração, o jejum e a caridade na Quaresma (MV 17); também recomenda que nos confessemos, para poder receber melhor as graças do ano jubilar. E que cada um realize uma peregrinação, de acordo com suas capacidades, para atravessar a Porta Santa.

É preciso ir a Roma para atravessar a Porta Santa e ganhar indulgências?
Não. Você pode ir à catedral da sua diocese ou às igrejas e basílicas destinadas a isso. Em cada diocese haverá uma Porta Santa e, cruzando-a, você ganhará as indulgências do Ano Santo (quando a peregrinação for acompanhada de confissão, comunhão no dia da peregrinação, um ato de fé – recitação do Credo – e uma oração pelo Papa).

O que são as obras de misericórdia?
Existem 14 obras de misericórdia, 7 espirituais e 7 corporais.

Obras de misericórdia corporais:

Dar de comer a quem tem fome;
Dar de beber a quem tem sede;
Vestir os nus;
Visitar os doentes;
Visitar os presos;
Acolher os peregrinos;
Enterrar os mortos.
Obras de misericórdia espirituais:

Dar bom conselho;
Corrigir os que erram;
Ensinar os ignorantes;
Suportar com paciência as fraquezas do próximo;
Consolar os aflitos;
Perdoar os que nos ofenderam;
Rezar pelos vivos e pelos mortos.
 O que são e o que fazem os “missionários da misericórdia”?
O Papa Francisco anunciou que enviará padres em todas as dioceses, chamados “missionários da misericórdia”, os quais poderão celebrar missões pregadas nas paróquias e despertar o chamado à misericórdia. Além disso, poderão perdoar pecados muito grandes, como crimes mafiosos, assassinatos cometidos para enriquecer, bem como o gravíssimo pecado da corrupção.

É necessário se confessar no Ano Santo?
Durante o Ano Santo, a reconciliação com Deus é vivida especialmente através do sacramento da confissão, muito unido ao da Eucaristia. É aconselhável confessar-se várias vezes ao longo do Jubileu, para experimentar mais profundamente a misericórdia de Deus.

Qual é a importância do Ano Santo no pontificado de Francisco?
O centro do pontificado do Papa Francisco é a misericórdia de Deus e, portanto, este ano jubilar é um dos pontos altos do seu pontificado.

O Ano Santo é importante para outras religiões?

A misericórdia “ultrapassa os confins da terra” (MV 23); ela nos relaciona com o judaísmo, como se vê no Antigo Testamento, em que a misericórdia de Deus é evidente; também os relaciona com o islamismo, que atribui ao Criador os nomes de “misericordioso” e “clemente”. O Papa Francisco pede o diálogo com todas as “nobres tradições religiosas” do mundo.

Fonte: http://www.ais.org.br/oracao/palavra-viva/item/990-10-perguntas-sobre-o-ano-santo-da-misericordia

Devoção ao Rosário

Em várias aparições Nossa Senhora recomenda a devoção ao Rosário, mas especialmente em Fátima ela insistiu nessa prática marial como meio para se obter a conversão do mundo.

Fonte: Diário Bíblico 2013 - Ave Maria

Significado do nome Jesus

Jesus também vem do hebraico Yeshua , que significa salvação, Salvador. 

Fonte: Diário Bíblico 2013 - Ave Maria

Sinagoga

Sinagoga - Casa de oração dos judeus ; surgiu durante o exílio na Babilônia ,entre os judeus que amavam a Deus, mas não podiam adorar no templo em Jerusalém.


Fonte:Diário Bíblico 2013 -Ave Maria

Dogma da Assunção

O dogma da Assunção se refere á mãe de Deus que ao final de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma á glória celestial . Este dogma foi proclamado pelo papa Pio XII , em 1 de novembro de 1950 , na Constituição " Munificentissimus Deus".

Fonte: Diário Bíblico 2013- Ave Maria

Mateus 9,32-38

Evangelho do dia comentado por Padre Dennys (Mateus 9,32-38)
"Nunca se viu coisa igual em Israel".
O tempo é o grande responsável pelas mudanças mais profundas que acontecem dentro de cada pessoa que vem a este mundo. Sim, muitas coisas que antes não conseguíamos enxergar e valorizar, com o decorrer do tempo, por tudo o que tivemos que enfrentar, passamos a enxergá-las e a propagá-las como muito importantes para o nosso crescimento.
Assim sendo, chegamos à conclusão que a nossa vida depende muito da nossa maneira de enxergar as coisas, os acontecimentos.
No evangelho de hoje, com toda a clareza, podemos constatar tal verdade.
Vemos que Jesus se deparou com um homem que estava possuído por um espírito mau e que o demônio o tinha tornado mudo. Vendo o pobre homem, Jesus expulsou o demônio e o homem voltou a falar.
Pois bem, diante do prodígio realizado por Jesus, percebemos duas formas de enxergar o acontecimento. O povo disse:" nunca vimos coisa igual em Israel". Todavia, por causa do sentimento ruim que os fariseus nutriam por Jesus, eles disseram:"É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
Temos o mesmo acontecimento, mas com duas interpretações.
Vamos aprofundar um pouco mais as duas visões?
Pois bem, o povo tinha Jesus na conta de um grande profeta de Deus, de um homem escolhido por Deus e, alguns, enxergavam-no como o Filho de Deus, como, de fato, Ele o é.
Todavia, por causa da inveja que os fariseus tinham de Jesus e por causa das máscaras que Jesus tinha arrancado deles, mostrando para o povo a verdade da vida deles, os fariseus diziam que Jesus agia em nome do diabo, pelo poder dos chefe dos demônios.
Como são distintas as interpretações! Sim, muito distintas, mas só numa está o dedo de Deus, a mão de Deus a agir, a verdade. Jesus, de fato, por ser o Filho de Deus, agia em nome de Deus, pelo seu poder. Contudo, mesmo estando as coisas tão claras para o povo, os chefes religiosos não admitiam o óbvio e acusavam o Senhor de agir pelo chefe dos demônios.
Concluímos, portanto, que precisamos ter muito cuidado com a nossa maneira de ver as coisas, de interpretar as coisas, pois podemos estar muito enganados, agindo de forma equivocada, cometendo injustiças contra as pessoas, julgando-as de maneira cruel.
De fato, precisamos mesmo do tempo para que as coisas se tornem claras para nós.
Muitas coisas teriam sido diferentes em nossa vida se tivéssemos enxergado de forma correta os acontecimentos ou as pessoas.
Por causa da nossa imaturidade, dos nossos impulsos primitivos e das nossas emoções desordenadas, amigo, nós já cometemos e podemos cometer muitos erros.
Em nossas orações devemos sempre pedir a Deus: Senhor, que não me falte a Tua luz em meu interior. Dá-me, pois, olhos sadios, pensamentos ordenados, desejos ordenados.
Não permitas que eu aja por impulso, mas, sob a Tua inspiração.
Não permitas que eu enxergue de forma equivocada os acontecimentos do meu dia-a-dia, mas sempre de acordo com a Tua verdade.
Amém!
Que Deus nos ajude!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

O uso da Vela

Os Cristãos começam usar a vela a partir do Século III, sobretudo para iluminar o ambiente na hora da oração ao cair da noite, significando ao cristão a elevação da alma, a sintonia com Deus e a inspiração da oração.

Fonte: Diário  Bíblico 2013 - Ave maria

Mariologia ou Marialogia

A mariologia (ou marialogia) é a disciplina teológica que estuda o lugar de Maria no projeto salvífico de Deus e sua relação com a comunidade eclesial. Está presente sobretudo na Igreja católica.

Enquanto saber teológico, a marialogia é uma reflexão sistemática, crítica e sapiencial que parte da fé e à fé retorna. É sistemática porque articula e organiza as informações. Sendo crítica, emite um parecer sobre a forma como o cristãos católicos reverenciam Maria, em relação com o conjunto da fé cristã. Visa purificar aquilo que é exagerado ou anacrônico. Por fim, exercita a sabedoria, ao equilibrar a contribuição da tradição com as questões atuais.


Fonte : http://maenossa.blogspot.com.br/

Definição de Apologética

Apologética é o ramo da teologia católica que trata de contestar a toda e qualquer crítica que se opõe á revelação de Deus e a Bíblia. 



Fonte: Diário Bíblico 2013 - Ave Maria

A Cidade do Vaticano - O menor estado independente

A Cidade do Vaticano é o menor estado independente do mundo. Ela está localizada na Capital da Itália, Roma, e é também conhecida na diplomacia internacional como a Santa Sé.

Fonte: Diário Bíblico 2013 - Ave Maria

Significado da palavra Hóstia

HÓSTIA - palavra do latim que significa: a vítima a ser sacrificada.
É um disco fino de Farinha e água que representa o pão ázimo da Páscoa dos Judeus . Há em tamanho grande, na medida da patena, e as pequenas chamadas partículas, que serão transformadas no Corpo do Senhor no momento da consagração.

Fonte: Diário Bíblico 2013 - Ave Maria

O que é um Solidéu ?

Solidéu - Palavra latina  que significa só a Deus. É um pequeno gorro que cobre o topo da cabeça, exceto no momento da oração eucarística. As cores são: roxo, (Bispo), Vermelha ( Cardeal) e branco ( Papa). 

Fonte: Diário Bíblico 2013 - Ave Maria

Mateus 9,18-26



Evangelho do dia comentado por Padre Dennys (Mateus 9,18-26)


"A tua fé te salvou".

O evangelho de hoje nos chega como um afago de Deus, um bálsamo derramado em nossos corações. Sim, é como um toque de Deus que alivia o nosso coração ferido, cansado e choroso por ter que enfrentar os dissabores da vida.
O evangelista narra duas histórias tremendas, duas histórias de fé, de gente decidida, movida por uma confiança inabalável em Jesus.
As duas histórias são impactantes e despertam em nossos corações um santo desejo: de sermos como o pai que tinha perdido a sua filha e a mulher que sofria por causa de uma hemorragia que já durava doze anos.
O pai da menina, um homem bastante importante, com toda a humildade, jogou-se aos pés de Jesus e disse:"Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”.
Você percebe a confiança que ele depositou em Jesus?
Para ele não há algo impossível a Deus; até diante da morte, o seu coração não duvidou. Trata-se de uma fé admirável, algo que vai além de nossa compreensão e que nos mostra o quanto precisamos melhorar e avançar para águas mais profundas.
Pois bem, diante da fé do homem, Jesus partiu para a casa dele. Porém, enquanto se dirigia para lá, apareceu uma pobre mulher doente, marginalizada, humilhada. Ela tinha um fluxo de sangue contínuo. Já tinha ido a todos os médicos, mas não tinha tido sucesso algum com os tratamentos.
Pois bem, a pobre mulher, quando viu Jesus que caminhava no meio da multidão, pensou:"Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”.
Que confiança em Jesus! Que mulher admirável!
A atitude dela nos motiva a correr atrás de Jesus. Sim, a fé dela me motiva a amá-Lo mais, a não duvidar, a não medir esforços para servir a Deus com todo o meu coração.
Uma fé assim agrada a Deus e faz o milagre acontecer. E assim se deu!
Quando Jesus percebeu a mulher perto dele e conheceu o que se passava em sua cabeça, Ele mesmo tomou a iniciativa e disse:"Coragem, filha! A tua fé te salvou”.
A mulher recebeu a recompensa por ter acreditado no Senhor e por ter apostado tudo nele. Como seria bom se apostássemos a nossa vida em Deus!
Pois bem, Jesus, então, continuo o seu caminho e chegou até a casa da menina que tinha morrido. Havia muita gente na casa e grande era o sofrimento. Jesus pediu para que todos saíssem e disse que a menina apenas dormia. Começaram, então, a caçoar Dele.
Ainda hoje é assim! Não são poucos os que caçoam dos que têm fé, dos que buscam o Senhor é até do próprio Deus.
Diante da atitude dos zombadores, atitude que nos leva a refletir se não temos comportamento parecido, Jesus não recuou e nada O abalou, fazendo apenas o que tinha que fazer: tomou a mão da menina e a levantou. Glória a Deus! A menina voltou à vida!
Nada há de impossível para o Senhor e para aquele que tem fé!
Vamos deixar que Deus nos pegue pela mão e nos ressuscite! Vamos deixar que Deus nos tire do berço esplêndido e nos torne grandes guerreiros! Vamos deixar de viver como cristãos mornos e corramos para o Senhor com todo ardor e amor.

Que Jesus nos ajude!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Documentário - Vida de Santa Teresa de Ávila


Ser Igreja e Ser Discípulo de Jesus Cristo

Ser verdadeiramente Igreja é seguir os passos de Jesus , viver como ele viveu e sabe como ele viveu? Ele teve uma vida totalmente doada a todos , especialmente aos pobres e excluídos. Jesus foi aquele que venho para servir, se fez servo de todos ,amou e libertou aqueles que precisavam. Até quando ainda ficaremos fechados em nós mesmos , em nossos grupos,em nossas pastorais, em nossas reuniões ? Cristo nos chama a sairmos de nós mesmos e irmos ao encontro dos nossos irmãos, a verdadeira identidade da Igreja é essa a de ser missionária, de sermos aqueles que fazem ecoar a palavra de Deus aos quatro cantos. 
Como nos diz o Bispo Dom Giovanni Crippa " É próprio das aves voarem e dos peixes nadarem também é próprio da igreja ser missionária".
Que busquemos a cada dia ser verdadeiramente igreja e discípulos de Jesus Cristo , que ele nos dê a graça .

O vídeo abaixo nos mostra como de fato sermos verdadeiros discípulos. 

Renata Rodrigues 
23/06/2016


terça-feira, 21 de junho de 2016

Imitação de Cristo - Tomás de Kempis


Busca por um livro de espiritualidade e não sabe qual? Aqui está um clássico da Literatura Cristã que irá ajudá-lo a crescer espiritualmente. 


A Imitação de Cristo, obra mais difundida da espiritualidade cristã depois da Bíblia, pode ser considerada um clássico da literatura cristã. Trata-se de uma coletânea de reflexões escritas em estilo simples, destinadas a alimentar a vida espiritual dos cristãos. 

A obra divide-se em quatro partes chamadas livros, subdivididos em pequenos capítulos: o primeiro, traz conselhos úteis para a vida espiritual; o segundo, traz exortação à vida interior; o terceiro, trata da consolação interior; e o quarto, do Sacramento da Eucaristia. 

sábado, 18 de junho de 2016

PREPARO PARA CRISTO.

Às vezes se tem a impressão que Sâo Paulo ao encontrar Jesus no caminho de Damasco tenha imediatamente iniciado suas atividades missionárias. Na verdade, São Paulo passou treze anos se preparando para isso. A "conversão" paulina se dá quanto ele tinha apenas 28 anos de idade, porém seu ministério se iniciou quanto ele tinha cerca de 41 anos. Ou seja, apesar de ser um Doutor da Lei (Teólogo), São Paulo aguardou 13 anos para se sentir com autoridade suficiente para ser um Apóstolo de Jesus.



quarta-feira, 4 de maio de 2016

A RESPOSTA DE JESUS À TEOLOGIA DA RETRIBUIÇÃO

A Teologia da Retribuição que consiste em esperar de Deus a retribuição boa ou má às nossas ações está presente em toda a Sagrada Escritura, ganhando destaque sobretudo no livro de Jó, onde há a insistência para que o desafortunado Jó assuma que pecou diante de Deus, o que justificaria todo o sofrimento pelo qual passou, com a perda de sua família, seus filhos e seus bens. Mas Jó sabe que nada vez para merecer a ira do Senhor e não entende o que acontecia com ele para tão triste vida.

Jó se mantém fiel e no fim da vida tudo recupera de volta. Tudo em dobro. Seria a retribuição de Deus por sua fidelidade? Ele sabe que não, pois para ele as graças de Deus são dons gratuitos.

Doze homens andaram ao lado de Jesus. Comeram, sorriram (eu creio) e sofreram com Jesus Cristo. E no alto da cruz, no momento em que Cristo Senhor está prestes a entregar a sua alma a Deus, é a um ladrão que Jesus garante que "ainda hoje estarás comigo no Reino de Deus" (Lucas 23, 43).

Estaria Jesus retribuindo o quê se nada fez aquele homem para em momento tão singular merecer tão grande honra?

Agir com bondade, apenas esperando a retribuição de Deus não é a atitude que se espera de um cristão. Assim como a graça de Deus nos vem de forma gratuita e não retributiva, também o agir humano merece ser ato de graça, gesto de misericórdia.

O amor de Deus para conosco, para a pequenez de homens e mulheres que somos, é sempre fruto do Seu amor e de sua misericórdia. Isso não nos isenta de agirmos em conformidade com o que Deus nos propõe, ou seja, agirmos com amor, afinal "Deus é Amor" ("Deus caritas est"), nos diz João (Jo 1,1) e nada no Amor de Deus é retribuição, mas gratuidade.

A Teologia da Retribuição pode, a prima facie, parecer que explica tudo ou ainda que explica muitas coisas mas na verdade mascara o amor misericordioso e gratuito de Deus para conosco. Amor que o levou a se Revelar para os homens, desde os Patriarcas, passando pela experiência do Êxodo, o sofrimento e o manah do deserto, o Exílio, a queda e soerguimento do Templo, pelos Profetas, pelos Juízes, pela Monarquia Davídica, pela luta dos Irmãos Macabeus, por Jesus, onde a História da Salvação encontra seu ápice, pois "muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas" (Hb 1, 1-2).

Tanto a Revelação quanto o Mistério da Encarnação são também dons gratuitos de Deus e do Seu Amor misericordioso. Tudo nos é dado de graça pelo Criador que viu que "tudo era bom" (Gn 1, 31).

Deus não precisa a nós retribuir nada. Nós, sim, enquanto criaturas, devemos retribuir no exercício da fé a presença amorosa e misericordiosa de Deus em nossas vida, afinal como dia o Salmista (Sl 8, 4a): "Quem é o homem mortal para que dele Te lembres?".


Paulo César dos Santos, 45 anos, bacharelando em Teologia do Instituto de Teologia São João XXIII - Diocese de Estância, Forania de Estância - Sergipe. 04 de maio de 2016, 168º aniversário de Estância.

sábado, 9 de abril de 2016

O PROFETA JEREMIAS




JEREMIAS é o nome dado ao livro do profeta cuja vida melhor conhecemos, pois a sua obra nos
oferece inúmeros dados, tanto pessoais como sociais e históricos, relativos ao seu tempo. Nasceu
por volta de 650 a.C., em Anatot, aldeia da tribo de Benjamim, situada a uns 5 km a nordeste de
Jerusalém, de uma família de ascendência sacerdotal. Este fato marcará de forma decisiva a sua
mensagem, especialmente a vinculação às tradições provenientes das tribos do Norte e a insistência
com que sublinha a importância da aliança mosaica. No que diz respeito à sua personalidade, temos
diversos capítulos de caráter autobiográfico: 1; 20,1-6; 26; 28-29; 34,8-22; 36-38; 45. Mais
significativos ainda são os textos chamados "confissões", em que ele testemunha, a par das suas
angústias, a sua paixão por Deus: 11,18-12,6; 15,10-21; 17,14-18; 18,18-23; 20,7-18.

CONTEXTO HISTÓRICO
Jeremias viveu num dos períodos mais conturbados da história do
povo de Israel: o fim do reino de Judá e a destruição de Jerusalém (587/86) pelo império da
Babilônia; e foi chamado à vocação profética ainda na sua juventude (1,6-7), no ano treze do
reinado de Josias (1,2), em 626. Numa primeira época manifesta a esperança na restauração da
unidade do povo, tarefa na qual se empenhara o rei Josias, através da sua reforma religiosa, com
um momento forte em 622 (2 Rs 22,1-23,30), e estava centrada no movimento deuteronomista.
Com as mudanças políticas que se deram no Oriente Médio, a partir de 625, altura em que a
Babilônia começou a impor-se politicamente, essa esperança foi-se esfumando pouco a pouco; e,
com a morte do rei Josias às mãos do faraó Necao (em 609), fica traçado o destino do reino,
devendo o profeta suportar as trágicas conseqüências daí resultantes.
Os dois reis que sucederam a Josias, Joaquim (609-597) e Sedecias (597-586), apenas adiaram por
algum tempo o destino já traçado sobre Jerusalém após a morte de Josias. Podemos dizer que
Jeremias se viu confrontado entre o imperativo da sua missão profética e a perseguição sistemática
por parte dos seus contemporâneos, que o acusavam de estar na origem do descalabro da pátria.
São deste período os oráculos mais dramáticos do livro, que refletem a experiência do profeta e a
tragédia iminente que pairava sobre Jerusalém e o reino de Judá.

A OBRA DE JEREMIAS
 O livro de JEREMIAS teve uma composição lenta no tempo e muito
complexa. De acordo com os dados do cap. 36, o profeta não escrevia; para isso tinha um
"secretário" (Baruc), que registrou os seus oráculos e os leu no templo. O rei Joaquim mandou
queimar aquela que terá sido, na linguagem moderna, a primeira versão do livro do profeta; este
refez os seus oráculos, acrescentando outros. É a melhor fonte que possuímos acerca da situação
política e social do seu tempo, razão pela qual tem sido objeto de inúmeros estudos, que nos
possibilitam um melhor conhecimento de uma época tão conturbada.
CONTEÚDO
 Para além do relato da vocação do profeta (1,4-19), o texto de JEREMIAS pode
dividir-se nas seguintes secções temáticas:
I. Oráculos dirigidos ao povo de Deus: 1,1-25,14.
II. Oráculos contra as nações estrangeiras: 25,15-38.
III. Relatos biográficos de Jeremias: 26,1-45,5.
IV. Oráculos contra as nações estrangeiras: 46,1-51,64.
V. Apêndice: 52,1-34.
Devido à forma como a obra está organizada e à falta de ordem cronológica, nem sempre é fácil
seguir a mensagem do profeta no seu desenvolvimento. Por vezes, sucede também que as versões
atuais são apresentadas a partir do texto grego, conhecido por tradução dos Setenta, que não
corresponde integralmente ao original hebraico, pois, além de ser mais breve (cerca de um oitavo),
os textos encontram-se numa ordem diferente.

TEOLOGIA
 A mensagem que JEREMIAS nos oferece é profundamente espiritual e teológica.
Dela, vale a pena destacar a doutrina da nova aliança (31,31-34), bem como a sua permanente
confiança no Senhor que o ajuda a superar todas as adversidades com que se vê confrontado.
Jeremias, dotado de grande sensibilidade, é um testemunho vivo de homem plenamente apaixonado
pela causa de Deus e pela identidade espiritual e religiosa do seu povo. É neste sentido que devem
ser lidos os seus oráculos sobre a infidelidade do povo e o castigo de Deus. Aliás, ele viveu esta
paixão até ao fim e por causa dela terá dado a vida.
Além da veemência com que proclamava os seus oráculos, o profeta recorria também,
freqüentemente, a gestos simbólicos com um forte acento nacional, capazes de impressionar os
seus ouvintes e de os levar à conversão.
Apesar das constantes proclamações de que a pátria seria destruída, Jeremias não foi um profeta ao
serviço da Babilônia. Soube pôr o projeto de Deus acima dos interesses políticos e exortar os
homens do seu tempo à fidelidade, embora se constate que os seus apelos foram em vão. Por isso
Jerusalém viria a ser destruída em 587 e o povo de Israel partiria para o exílio na Babilônia, a fim
de expiar o seu pecado.
Pe. José Josivan Bezerra de Sales


sexta-feira, 25 de março de 2016

Por que me abandonastes ?

Uma das frases mais incompreensíveis que Jesus pronunciou foi a que disse antes de morrer na cruz. Depois de várias horas de agonia, e pressentindo que a sua morte era iminente, ele soltou um grito terrível: "meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mt 24,46; Mc 15,34).
Estas misteriosas palavras, somente referidas pelos evangelistas Mateus e Marcos, sempre intrigaram os leitores da Bíblia. Será que Jesus sentiu que a sua Missão havia fracassado? Teria Jesus pensado que estava morrendo como um filho abandonado pelo Pai? Tomadas ao pé da letra, estas palavras poderiam fazer-nos crer que Jesus morreu desesperado...
Entretanto não foi assim. Jesus ao pronunciar esta frase, na realidade estava rezando um Salmo. Com efeito, se procurarmos em nossa Bíblia, veremos que o salmo 22 começa precisamente assim: "meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" e continua: "apesar dos meus gritos, minha prece não te alcança! De dia eu grito, meu Deus, e não me respondes. Grito de noite, e não fazes caso de mim". Por que Jesus pronunciou um salmo tão amargo e desalentador na hora da morte?
Mas não foi assim... o salmo 22, intitulado "Oração do justo sofredor", é um dos salmos mais esperançosos de toda Bíblia. A primeira parte deste salmo (v. 2-23) descreve os sofrimentos por que passa um homem inocente. Já a 2ª parte (v. 24-32) é um magnífico ato de confiança em Deus que o livrará de todas as angústias: "vocês, fiéis do Senhor, louvem-no, porque não sentiu desprezo nem repugnância para com o pobre desgraçado; nunca lhe negou ajuda; quando pediu auxílio foi atendido; os que buscam a Deus o louvarão e viverão eternamente; meu viver é para ele; minha descendência há de servi-lo e proclamará o Senhor às gerações futuras". Então por que os evangelistas citam as primeiras palavras e não as últimas que são cheias de esperança? Porque para a mentalidade judia citar o começo de um salmo equivale a citar o salmo inteiro. Portanto, ao colocar as palavras iniciais, os escritores dão a entender que Jesus recitou todo o salmo. Assim, também, entendeu o autor da carta aos Hebreus (2, 11-13) quando, ao falar da paixão do Senhor, diz que Jesus na cruz rezou o final do salmo 22, e não as palavras dolorosas do começo, que são as referidas pelos evangelistas.
Esta resposta, porém, nos leva a nos propormos outra questão. Por que os Evangelistas conservaram esta recordação tão insignificante da recitação de um salmo por Jesus, quando detalhes que os historiadores julgam mais importantes (como a precisão cronológica da paixão, a forma que tinha a cruz, o modo como Jesus foi crucificado) nem sequer são mencionados?
Para responder a isto é necessário ter em conta algo que nos dias de hoje não chama a atenção das pessoas como outrora, isto é, o escândalo que significou a morte de Jesus para os judeus daquele tempo. E isto por várias razões.
Em primeiro lugar, porque na época de Jesus, existia a convicção de que, quando uma pessoa era fiel a Deus e cumpria seus mandamentos, Deus sempre o acudia para salvá-lo e não permitia que nenhum mal o acometesse.
Todo o livro de Daniel, por exemplo, expõe esta idéia: aos quatro jovens judeus que se negaram a comer alimentos proibidos, Deus os sustenta milagrosamente (1, 3-15); A Azarias e seus companheiros, jogados na fornalha ardente por não adorarem a estátua do rei Nabucodonozor, o fogo não os toca (3, 46-50); ao próprio Daniel, atirado na cova dos leões por ser fiel a seu Deus, o Senhor o liberta são e salvo (6, 2-25); Suzana é libertada das falsas acusações contra sua honra (13). E o Livro da Sabedoria afirma: "se o justo é filho de Deus, Ele o ajudará e o livrará das mãos de seus inimigos (2 ,18)". Todo judeu, pois, nutria consigo esta idéia de que Deus salva sempre o homem inocente. Por que então não salvou Jesus? A conclusão que se impunha era: Jesus deve ter sido um pecador.
Em segundo lugar. Porque Jesus foi condenado a morte pelos representantes de Deus, isto é, pelos Sacerdotes. E o fizeram em nome da lei de Deus: "nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer." Exclamaram seus acusadores perante Pilatos (Jo 19,7).
Finalmente, porque o tipo de morte que sofreu (pendurado numa cruz), o convertia automaticamente, segundo a Bíblia, em um maldito de Deus. De fato, um versículo do livro do Deuteromônio afirma: "aquele que está pendurado no madeiro é um maldito de Deus (21, 23)". E de todas as mortes, justamente essa ignominiosa foi a que Jesus sofreu. Para o povo judeu, então, Jesus morreu: a) sem o auxílio divino; b) em nome das autoridades religiosas; e c) maldito por Deus. Era possível uma morte mais vergonhosa? Como podiam os primeiros cristãos convencer o povo que Jesus era o Messias, o Filho de Deus que veio salvar o seu povo?
Diante deste escândalo, difícil de dissimular, da morte ignominiosa de Jesus, os Evangelistas, iluminados por Deus, encontraram uma solução: demonstrar que tudo que havia acontecido com Jesus, na sua paixão e morte, estava já anunciado no Antigo Testamento. Que todos os sofrimentos do Mestre estavam previstos por Deus e ocorreram de acordo com sua vontade. E até os mínimos detalhes de seu escandaloso final aconteceram "para que se cumprissem as escrituras".
Como o livro mais lido, conhecido e meditado pela piedade judia era o livro dos salmos, aí neste livro foram os cristãos buscar elementos para provar as circunstâncias proféticas da morte do Senhor. Por isso na paixão de Jesus, mais do que em nenhum outro momento de sua vida, se acumulam as referências aos salmos (mais de vinte), como se tivessem querido concentrar aí todo o cumprimento das predições bíblicas.
É por isso mesmo que os relatos da paixão e morte de Jesus não dão uma crônica exaustiva dos fatos. Passam por cima de muitas cenas importantes. Deixam outras na penumbra e se detém naquelas que têm apoio nas sagradas escrituras.
Cada comunidade cristã, e cada Evangelista mais tarde, fizeram o que foi possível neste esforço de explicar, mediante as profecias dos salmos, "o escândalo da cruz".
E quais foram os salmos que encontraram? Já no começo da paixão, enquanto Marcos e Lucas dizem que eram os sumos sacerdotes e os escribas que conspiravam contra Jesus e andavam procurando um jeito de prendê-lo, Mateus, mais cauteloso, diz que foram "os chefes", e menciona "uma reunião" que fizeram para pegá-lo (26,3-4). Porque assim se cumpria a profecia do salmo 2,2: "os chefes se reuniram contra Deus e seu Messias". Também a traição de Judas é explicada por São João (13, 18) com a profecia de um salmo. O evangelista afirma que o sucedido foi "para que se cumprisse a escritura (do salmo 41,10) que diz: "aquele que comparte comigo o pão se voltou contra mim" e mais adiante completa: "nenhum deles se perdeu exceto aquele que devia perder-se, para que a escritura seja cumprida"(17, 12), referindo-se ao mesmo salmo.
O fato incompreensível de que Jesus, apesar de ter passado fazendo o bem e ajudando os mais necessitados, tenha sido odiado e rechaçado pelas autoridades judias estava igualmente anunciado nos salmos. Jesus o diz: "Eles me odeiam a mim e a meu Pai, porém, deste modo está sendo cumprido o que está escrito na lei (o salmo 69, 5): me odeiam sem motivo" (Jo 15,24). E , ao contar a terrível agonia no horto de Getzemani, os Evangelistas relatam que Jesus fez a seus discípulos esta confidência: "minha alma está triste até a morte" (Mt 26,38; Mc 14,34), para que se cumprissem as palavras do salmo 42, 6 (em sua versão grega).
Ao ser preso Jesus e levado ante as autoridades, os evangelhos referem que o Sumo Sacerdote lhe perguntou: "És tu o Messias, o Filho de Deus Bendito?" E Ele responde: "sim, eu sou. E verão o Filho do Homem assentado à direita do Todo Poderoso vindo entre as nuvens do céu" (Mc 14,62). Assim se cumpria o que foi dito no salmo 110,1, que para os Evangelistas profetizava a glorificação de Jesus por Deus Pai.
Também a intervenção de testemunhas falsas contra Jesus, durante o julgamento perante o Sinédrio (Mt 26,59; Mc 14,55), estava prevista nos salmos 27, 12 e 35, 11: "Levantaram contra mim testemunhos falsos e me perguntaram o que não sei".
Assim que condenaram à morte o Senhor, levaram-no para o Monte Calvário. Então Mateus diz que lhe ofereceram "vinho com fel" e diz que Jesus "provou a bebida" (27,34) para demonstrar que estava se cumprindo a profecia do salmo 69,22 (em sua versão grega), que diz: "deram-me fel em alimento".
Quando tiraram as vestes de Jesus para crucificá-lo, chama nossa atenção que os quatro Evangelhos consignam o detalhe insignificante dos soldados repartindo suas roupas e sorteando a sua túnica. E João explica porque era importante este detalhe: porque assim se cumpria "a escritura (do salmo 22,9) que diz: "repartiram meus vestidos e lançaram sorte sobre minha túnica" (19, 24). Portanto, até este fato trivial da destinação da roupa de Jesus, estava previsto no plano de Deus.
Ao contar as zombarias que faziam contra Jesus as pessoas que passavam pelo lugar da crucificação, Mateus diz que "moviam a cabeça e diziam: "Ele confiou em Deus... que Deus o livre agora, se é que tem algum interesse por Ele" (27,39). Para se cumprir o que foi anunciado no Salmo 22, 8-9: "Movem a cabeça e dizem: confiou no Senhor. Que Ele o livre... se é que O ama". E Lucas acrescenta que "caçoavam de Jesus (23,35), para incluir a profecia do mesmo salmo que diz: "todos caçoam de mim" (22,8).
Em meio de terríveis tormentos, e já próximo de sua morte, Jesus exclama: "tenho sede". Diz São João que isto aconteceu "para que se cumprisse a escritura (do salmo 22,16) que predizia: "minha boca está seca como um caco de telha, e minha língua se prega no céu da boca". Então os saldados correram e lhe ofereceram vinagre e Jesus bebeu (Jo 19, 29). Com isto se cumpria uma nova profecia, a do salmo 69, 22: "quando tinha sede me deram vinagre".
Chega, então, o momento das últimas palavras de Jesus: com grande perspicácia, Mateus e Marcos sustentam que foram: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mt 27, 46; Mc 15,34). Deste modo, como já dissemos, mostravam Jesus como o homem inocente e bom que sofria injustamente e que seria logo reabilitado por Deus por ser bom e inocente. Lucas, que compôs seu Evangelho para leitores não judeus, e portanto pouco conhecedores dos salmos, teve receio de escandalizá-los com estas palavras, e preferiu pôr na boca de Jesus outra expressão, também de um salmo (31,6), porém menos ambígua: "Pai, em tuas mãos encomendo o meu espírito" (Lc 23,46). Estas foram para Lucas, as últimas palavras pronunciadas por Jesus.
O que aconteceu ao morrer Jesus estava também previsto pelos salmos. Lucas, por exemplo, anota que "seus familiares se mantinham à distância" presenciando àquela cena dialaceradora (23, 49), porque o salmo 38, 12 havia profetizado: "meus familiares se conservam à distância".
E João (19, 36) relata que os soldados quebraram as pernas dos dois ladrões crucificados junto com Jesus, mas não quebraram as pernas de Jesus. Porém transpassaram o seu lado com uma lança, para que se cumprisse a profecia do salmo 34, 21: "Deus cuida de todos seus ossos, e nenhum será quebrado".
Os primeiros cristãos buscaram no Antigo Testamento a razão porque Jesus teve que sofrer uma morte tão cruel e injusta. E descobriram que nos salmos, especialmente nos salmos de meditação e confiança, estavam antecipados todos os acontecimentos da paixão. Nos salmos se achava a explicação teológica dos fatos sucedidos. Sua morte, portanto, não tinha sido um "castigo de Deus". Jesus não era senão o justo que tinha vindo para cumprir as profecias sobre este inocente que aparecia nos salmos sofrendo injustamente, carregando o peso do ódio de seus inimigos, porém com toda sua confiança posta em Deus.
Os relatos da paixão de Cristo são mais relatos teológicos. Os Evangelistas quiseram explicar qual era o sentido da morte de Jesus. Daí as grandes lacunas existentes nestas narrações.
Os relatos da paixão foram compostos para leitores que acreditavam e ao apresentá-los como cumprimento de citações e passagens do Antigo Testamento, ainda que algumas de pouco interesse (como repartir as vestes, o vinagre oferecido), os autores pretendiam unicamente ensinar que Jesus era, na verdade, o enviado de Deus. Que, estando previsto pela palavra de Deus tudo o que viveu em sua paixão, Jesus podia ser aceito sem receios como salvador da humanidade.
No dia em que Jesus morreu, Deus guardou o mais profundo silêncio. Um silêncio atroz, que parecia dar razão aos verdugos que o condenaram. Entretanto os primeiros cristãos descobriram que Deus não se calara. Que desde muitos séculos, desde os salmos, Deus vinha gritando que o seu Filho deveria padecer a fim de se manter fiel ao amor por ele pregado. Mas que, apesar de tudo, Deus estaria a seu lado para sustentá-los e cuidar dele até o fim.
Deus prometeu cuidar sempre dos homens, especialmente dos que sofrem ou passam dificuldades. E Deus cumpre a sua promessa. Quando nos sentirmos descorçoados por causa dos problemas e das angustias da vida, nunca pensemos que Deus guarda silêncio. Isto é só a primeira parte do salmo de nossa vida. Falta ainda a segunda parte. E Deus é fiel até o fim.
Pe. Ariel Alvarez Valdés
Tierra Santa, março e abril de 2000
Tradução: Mons. Nelson Rafael Fleury

Relógio da Paixão


O relógio da paixão nos traz toda a trajetória de Jesus nos seus últimos momentos de  vida.

Horas da noite
 

19:00 - Jesus lava os pés aos Seus discípulos.
20:00 - Jesus institui a Eucaristia e o Sacerdócio. Despede-se dos Seus discípulos e dá-lhes o Mandamento Novo.  
21:00 - Jesus ora ao Pai no Horto das Oliveiras.
22:00 - Jesus entra em agonia e sua sangue.
23:00 - Jesus recebe o beijo do traidor Judas e é preso como se fosse um malfeitor.
24:00 - Jesus é levado ao sumo sacerdote Anás e esbofeteado por um dos seus servos.
01:00 - Jesus é acusado por falsas testemunhas e condenado à morte no tribunal de Caifás.
02:00 - Jesus é negado por Pedro.
03:00 - Jesus é objecto de toda a classe de injúrias e de desprezos.
04:00 - Jesus é metido na prisão.
05:00 - Na prisão, os soldados vendam os olhos de Jesus, e zombam d'Ele.
06:00 - Jesus é levado ao tribunal de Pilatos, sendo acusado de criminoso e blasfemo.
 
Horas do dia
 
07:00 - Jesus é levado a Herodes e por este desprezado e tratado como louco.
08:00 - Jesus é devolvido a Pilatos e flagelado.
09:00 - Jesus é coroado de espinhos e apresentado ao povo por Pilatos com as palavras: Eis o Homem.
10:00 - A multidão pede a morte e Jesus e a libertação de Barrabás.
11:00 - Pilatos lava as mãos em sinal de inocência e entrega Jesus para ser crucificado.
12:00 - Jesus é despojado das Suas vestes e crucificado.
13:00 - Jesus perdoa aos Seus inimigos, o Paraíso ao bom ladrão e dá-nos por mãe a Sua própria Mãe.
14:00 - Jesus, desde o alto da cruz, diz: Tenho sede; e: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?.
15:00 - Jesus, com voz forte, pronuncia as Suas últimas palavras: Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito. E morre.
16:00 - O coração de Jesus é atravessado por uma lança.
17:00 - Jesus é descido da cruz e colocado nos braços de Sua Mãe.
18:00 - Jesus é sepultado.
 
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Horas da noite
 
19:00 - Jesus lava os pés aos Seus discípulos.
20:00 - Jesus institui a Eucaristia e o Sacerdócio. Despede-se dos Seus discípulos e dá-lhes o Mandamento Novo.  
21:00 - Jesus ora ao Pai no Horto das Oliveiras.
22:00 - Jesus entra em agonia e sua sangue.
23:00 - Jesus recebe o beijo do traidor Judas e é preso como se fosse um malfeitor.
24:00 - Jesus é levado ao sumo sacerdote Anás e esbofeteado por um dos seus servos.
01:00 - Jesus é acusado por falsas testemunhas e condenado à morte no tribunal de Caifás.
02:00 - Jesus é negado por Pedro.
03:00 - Jesus é objecto de toda a classe de injúrias e de desprezos.
04:00 - Jesus é metido na prisão.
05:00 - Na prisão, os soldados vendam os olhos de Jesus, e zombam d'Ele.
06:00 - Jesus é levado ao tribunal de Pilatos, sendo acusado de criminoso e blasfemo.
 
Horas do dia
 
07:00 - Jesus é levado a Herodes e por este desprezado e tratado como louco.
08:00 - Jesus é devolvido a Pilatos e flagelado.
09:00 - Jesus é coroado de espinhos e apresentado ao povo por Pilatos com as palavras: Eis o Homem.
10:00 - A multidão pede a morte e Jesus e a libertação de Barrabás.
11:00 - Pilatos lava as mãos em sinal de inocência e entrega Jesus para ser crucificado.
12:00 - Jesus é despojado das Suas vestes e crucificado.
13:00 - Jesus perdoa aos Seus inimigos, o Paraíso ao bom ladrão e dá-nos por mãe a Sua própria Mãe.
14:00 - Jesus, desde o alto da cruz, diz: Tenho sede; e: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?.
15:00 - Jesus, com voz forte, pronuncia as Suas últimas palavras: Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito. E morre.
16:00 - O coração de Jesus é atravessado por uma lança.
17:00 - Jesus é descido da cruz e colocado nos braços de Sua Mãe.
18:00 - Jesus é sepultado.
 

Fonte: Sá, P. (2005). Aos Pés do Crucificado. 1ª Edição. Santa Maria da Feira: Edições Passionistas. - See more at: http://amo-christum.blogspot.com.br/2011/04/relogio-da-paixao.html#sthash.N85BBsD5.dpuf