terça-feira, 5 de julho de 2016

Mateus 9,32-38

Evangelho do dia comentado por Padre Dennys (Mateus 9,32-38)
"Nunca se viu coisa igual em Israel".
O tempo é o grande responsável pelas mudanças mais profundas que acontecem dentro de cada pessoa que vem a este mundo. Sim, muitas coisas que antes não conseguíamos enxergar e valorizar, com o decorrer do tempo, por tudo o que tivemos que enfrentar, passamos a enxergá-las e a propagá-las como muito importantes para o nosso crescimento.
Assim sendo, chegamos à conclusão que a nossa vida depende muito da nossa maneira de enxergar as coisas, os acontecimentos.
No evangelho de hoje, com toda a clareza, podemos constatar tal verdade.
Vemos que Jesus se deparou com um homem que estava possuído por um espírito mau e que o demônio o tinha tornado mudo. Vendo o pobre homem, Jesus expulsou o demônio e o homem voltou a falar.
Pois bem, diante do prodígio realizado por Jesus, percebemos duas formas de enxergar o acontecimento. O povo disse:" nunca vimos coisa igual em Israel". Todavia, por causa do sentimento ruim que os fariseus nutriam por Jesus, eles disseram:"É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
Temos o mesmo acontecimento, mas com duas interpretações.
Vamos aprofundar um pouco mais as duas visões?
Pois bem, o povo tinha Jesus na conta de um grande profeta de Deus, de um homem escolhido por Deus e, alguns, enxergavam-no como o Filho de Deus, como, de fato, Ele o é.
Todavia, por causa da inveja que os fariseus tinham de Jesus e por causa das máscaras que Jesus tinha arrancado deles, mostrando para o povo a verdade da vida deles, os fariseus diziam que Jesus agia em nome do diabo, pelo poder dos chefe dos demônios.
Como são distintas as interpretações! Sim, muito distintas, mas só numa está o dedo de Deus, a mão de Deus a agir, a verdade. Jesus, de fato, por ser o Filho de Deus, agia em nome de Deus, pelo seu poder. Contudo, mesmo estando as coisas tão claras para o povo, os chefes religiosos não admitiam o óbvio e acusavam o Senhor de agir pelo chefe dos demônios.
Concluímos, portanto, que precisamos ter muito cuidado com a nossa maneira de ver as coisas, de interpretar as coisas, pois podemos estar muito enganados, agindo de forma equivocada, cometendo injustiças contra as pessoas, julgando-as de maneira cruel.
De fato, precisamos mesmo do tempo para que as coisas se tornem claras para nós.
Muitas coisas teriam sido diferentes em nossa vida se tivéssemos enxergado de forma correta os acontecimentos ou as pessoas.
Por causa da nossa imaturidade, dos nossos impulsos primitivos e das nossas emoções desordenadas, amigo, nós já cometemos e podemos cometer muitos erros.
Em nossas orações devemos sempre pedir a Deus: Senhor, que não me falte a Tua luz em meu interior. Dá-me, pois, olhos sadios, pensamentos ordenados, desejos ordenados.
Não permitas que eu aja por impulso, mas, sob a Tua inspiração.
Não permitas que eu enxergue de forma equivocada os acontecimentos do meu dia-a-dia, mas sempre de acordo com a Tua verdade.
Amém!
Que Deus nos ajude!

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